domingo, 22 de junho de 2014

Terra que água não lava

A terra
A força da terra
Enraizada em mim junto com meu retroflexo
Raios de brilhante
Meu Cerrado “a Majestade o sabiá”!
Esse mundo Sou Eu!
Cercado com “sinfonia de pardais”!
Obrigada por ser fruto de seu fruto,
Terra fértil, sagrada, Divina (Vovó)
Obrigada Vovó, por eu ser fruto do seu fruto
Raiz em mim!
Terra Santa
Sotaque sofrido de tanto carregar o peso da terra, a mãe sagrada...
O gemido da sanfona desce com as lagrimas amargas!
O centro de luz, precioso.
O sangue do país escorra em teu solo... Vermelho sangue, abençoado, que alimenta a lamentação da terra, chorona!
Escorre em seus rios frios
Precioso! Hino Sagrado
Benze o choro da terra
O que que vc tá achando do cerrado? Seu Calango!
“ Terra que água não lava!”

Diário, Processo. 22/06/14 – Sol Silveira






segunda-feira, 9 de junho de 2014

Algodão doce

Com olhar desconfiado, ele avistou a menina
Era princesa
Intocável
Parecia um sonho
Era Mariquinha, a menina princesa do palácio no fim da rua
Quase sem acreditar ele respondeu: Sou Zezinho... Seu vizinho!
Ele não conseguia encarar nos olhos da menina
Jabuticaba
Redemoinho
Tinha medo de tamanha delicadeza
Algodão doce!
Sou filho do sapateiro!
Seus olhos ficaram curiosos
Suas mãos geladas, respiração ofegante...
Frio frio
Estava maltrapilho, com a barriga vazia que até fazia eco
 Imóvel ele ficou
O tempo parou... ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Gira gira gira
Roda gigante
Leva esse momento pra um lugarzinho lá no alto, onde ninguém possa alcançar.

Uma lagrima intrometida correu junto com um grito esmagador: “Sou rico de coração!” 

Sol Silveira