segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

6:20

Acordar na madrugada é sempre muito perigoso
O que vemos pode ser assustador
Confusão mental ou uma incrível clarividência que o véu do dia não permite enxergar
O silêncio perturbador do sol
O pensamento faz todos os objetos se retorcerem ao seu redor
Ou será que eles é que retorcem o pensamento
Acordar com a vontade de vomitar tudo que você teve que engolir goela abaixo durante o dia
Essa ânsia que sempre volta
Muda de nome
Motivo
Lugar
Envelhece
Mas sempre está guardada em uma gaveta suja ou empoeirada da alma
Sentir que não se encaixa em nenhum quebra-cabeça
Enquanto essas ideais correm com tanta velocidade, a terra gira sem nenhuma pretensão, em constante calmaria
Apenas um pó na imensidão da existência
O nada...
Os primeiros sinais do dia

Outro dia...


Sol Silveira

domingo, 22 de junho de 2014

Terra que água não lava

A terra
A força da terra
Enraizada em mim junto com meu retroflexo
Raios de brilhante
Meu Cerrado “a Majestade o sabiá”!
Esse mundo Sou Eu!
Cercado com “sinfonia de pardais”!
Obrigada por ser fruto de seu fruto,
Terra fértil, sagrada, Divina (Vovó)
Obrigada Vovó, por eu ser fruto do seu fruto
Raiz em mim!
Terra Santa
Sotaque sofrido de tanto carregar o peso da terra, a mãe sagrada...
O gemido da sanfona desce com as lagrimas amargas!
O centro de luz, precioso.
O sangue do país escorra em teu solo... Vermelho sangue, abençoado, que alimenta a lamentação da terra, chorona!
Escorre em seus rios frios
Precioso! Hino Sagrado
Benze o choro da terra
O que que vc tá achando do cerrado? Seu Calango!
“ Terra que água não lava!”

Diário, Processo. 22/06/14 – Sol Silveira






segunda-feira, 9 de junho de 2014

Algodão doce

Com olhar desconfiado, ele avistou a menina
Era princesa
Intocável
Parecia um sonho
Era Mariquinha, a menina princesa do palácio no fim da rua
Quase sem acreditar ele respondeu: Sou Zezinho... Seu vizinho!
Ele não conseguia encarar nos olhos da menina
Jabuticaba
Redemoinho
Tinha medo de tamanha delicadeza
Algodão doce!
Sou filho do sapateiro!
Seus olhos ficaram curiosos
Suas mãos geladas, respiração ofegante...
Frio frio
Estava maltrapilho, com a barriga vazia que até fazia eco
 Imóvel ele ficou
O tempo parou... ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Gira gira gira
Roda gigante
Leva esse momento pra um lugarzinho lá no alto, onde ninguém possa alcançar.

Uma lagrima intrometida correu junto com um grito esmagador: “Sou rico de coração!” 

Sol Silveira


domingo, 7 de julho de 2013

Macacos me mordam



Engravatados
Estacionados
Envergonhados
Esmagados
Ah esse sim! Não, ele não era aquele que...
Deixa pra lá.
E eu gosto dessa musica, ela me lembra aquele dia...
Vamos embora?
Escuta!
Ela ta vindo em nossa direção, disfarça.
Aqui ta frio, vamos entrar.
Vermelho
Hum
Adoro maçã do amor! Quanto é?
Quero duas!

Sol Silveira

Os Mutantes - 1968