quarta-feira, 8 de junho de 2011

Observando Corporeidades

Foi retomando a pesquisa das obras de Frida Kahlo, que realizei minha observação de corporeidades, então percebi que agora tudo estava interligado, a pesquisa sobre a mulher, Frida, Cora, força, fragilidade, poder, loucura, desejos... Todos os sentimentos interligados na totalidade da feminilidade, o significado e significante de ser MÃE. A Mãe natureza, que gera o mundo, alimenta a Terra, suas raízes, galhos, folhas, sua capacidade de gerir toda a existência da vida, frutos, alimentos. A água que mata a sede dos sedentos, o útero do universo, sangue, vida, calor, frio, morte. As raízes são como o cordão umbilical se entrelaçando nos seres e alimentando a terra, a ligação divina entre os seres. O poder de gerar a vida, de se doar, transformando-se parte do todo e de tudo. A dor do amor da doação e da entrega.
 Busquei novas corporeidades, energias, olhares, gestos, sentimentos, sentidos, emoções, cores... Observei a corporeidade de uma árvore com seus imensos galhos e suas folhas dançando sobre o vento, o movimento da coluna foi influenciado por essa dança enlouquecida da natureza, vai, vem, sobe e desce, gira e cai...
Realizando essa vivencia de imagens e elementos no meu próprio corpo, fez com que eu me sentisse parte desse todo, ouvir o silêncio dos seres, e deixar me levar por essa energia em que estamos envolvidos a todo o tempo, porem não percebemos. A movimentação partia da minha coluna, e através dela se estendia para meus braços, pernas, pescoço, cabeça, deslizando, girando, torcendo, pulando, os pés estão firmes no chão, enraizados na terra, depois eles ficam leves como o ar, como a água. E o sol está sobre mim!

Sol Silveira
A dualidade, ligada pelo sangue, pela vida e pela morte. O Duplo Materno (Sol e Célia) ligadas pela loucura de existir e de ser, sentir...

O Cordão da vida, o filho, a vida e a morte. Útero inválido! A dor do não existir.
A mãe universal que envolve o todo existencial, as plantas, planetas, sistemas, as raízes nos corpos.

Uma entrega completa a natureza, suas raízes entranhadas no meu ser.




O leite que alimenta a terra, a água, o ar e os seres.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Nascimento do Cisco - Parte II

Sinto as batidas do seu coração junto ao meu
Te sinto em mim
Seu gosto está em mim 
Quero ver seus olhos olhando nos meus
quero sentir sua mão segurando a minha
Vem! 
A dor não dói 
Preciso gritar!
Quero rir e chorar
Correr e dançar...
Vem dançar comigo? Vem?
Um gozo infinito
Vem! Me queira! Me consuma!
Quero ser o seu ar, sua comida, sua agua, o leite que te alimenta...
Sinta meu suspiro, minha respiração, meu amor!
Seja parte de mim e eu serei parte de você, para sempre...
para todo o infinito!
Pelos poros
Pelo sangue
Pela vida!
Vem...
Seja livre
Corra
Não se suje completamente de mim!
Não se contamine dessa loucura de amar
Amar dói, fere, mata...

Sol Silveira